segunda-feira, 6 de maio de 2013

Sermões


O pânico está instalado, na aldeia não se fala doutra coisa senão da praga, que já há uns tempos ameaça o desassossego, tanto nos agricultores como na comunidade em geral.

Domingo, dia de missa, a das sete…“quem madruga deus o ajuda”… os fiéis, a maior parte escolhem a primeira. Assim dispõem de mais tempo para outros afazeres.

Exuberante, o sacerdote introduz na homilia a consciência do bem e do mal. Facto denunciado noutros sermões, com assaz inquietação.

 - Caros paroquianos, como é do vosso conhecimento, existe uma praga na nossa terra! Aliás, já vos avisei que, para a combater, primeiro é preciso ter ideias, segundo união entre vós, porque as toupeiras raramente mostram o focinho e como não têm olhos levam-vos a eito as sementeiras todas

Não é com inseticidas, que se eliminam esses bichinhos, eles não possuem sensibilidade, são imunes às desgraças, não fazem ideia quanto custam as sementes, as alfaias, o suor, as lágrimas e muito menos o pão para os vossos filhos.

Deixo-vos um conselho; o hodierno momento em que vivemos, impõe muita atenção e cuidado, devem estar atentos aos logros e às manobras, porque esses bichinhos são oriundos de costumes grosseiros. Particularmente, têm líderes sem escrúpulos... coisa que vocês não têm! Por conseguinte, as vossas forças, com ajuda do Divino Espírito Santo, devem-se concentrar na defesa dos vossos haveres, para que a expulsão seja levada a cabo com firmeza e convicção; por uma terra onde os vossos filhos acreditem sem toupeiras, no futuro, por que é possível um futuro sem toupeiras...



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