segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Saudação

Hoje dia 31, último dia dos trezentos e sessenta e cinco, que constituem os doze inventados meses do ano de 2012.

Aqui espetado “verticalmente de pé” no meu exíguo espaço, apoiado no punho e na tinta da minha fugaz existência de ser vivo.

Pensante, venho como peregrino passante, endereçar o meu hilariante apelo a qualquer esteio com ou sem ramada: interiorizo através destas mudas palavras a estupidez irracional do homem neste mundo deslumbrante de raciocínio.

Para o visitar, lembrar, refletir e recomendar; não existe tamanho de vaidade que preencha uma simples reflexão de humildade. Não existe poder sem vontade do povo. Não existe povo sem legitimidade de poder.

Por isso, contemplo; “o poder está na ponta da espingarda” – Mao Tsé-tung. Beba um copo de três, seja consciente, convicto, a sua reflexão pode mudar o mundo para melhor.


Augusto Canetas


domingo, 23 de dezembro de 2012

Natal!

Onde está a época; doce, primaveril,
Silenciosamente inocente?
Como sabe bem esta fragrância
Tangente
No vazio do quanto ainda somos ou não;
Crianças!
Sentir a memória, plangente,
Mas que toque, que fira
Esta coisa que vai deixando de ser,
Mas que ainda persiste…
Seja a inocência a inteligência dos homens.











sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Uma Sopa

Tal-qual primeiro-ministro
magistral!
"VOCÊ" sabe
quanto custa uma sopa?
Se soubesse,
o povo
tratava-o por Senhor intemporal...









quarta-feira, 23 de maio de 2012

No meu espírito

Só, como se não existisse, uma voz angustiada do tempo, chamava por mim. Passavam duas horas e quinze minutos das zero, o silêncio adormeceu no sossego da noite, que assim quis, por ficar no lado opaco à luz do dia. Todavia, até então, apenas o tique-taque na gravidade do teclado do meu computador, aceitava a sua ordenação de registar as palavras do meu pensamento, enquanto entendia o acompanhar da rotação da órbita da terra... (A continuação na pag. 42, Verticalmente de Pé)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Dedicatória

“Piegas”…
Se o silêncio te cava a voz,
É porque o és.
Se a voz te dá o alento,
O promotor diz que foi ao invés!...
     
Há palavras que nos ferem
A beleza do encanto,
(Desencantado)…
Há palavras proferidas
Aquém da realidade
Por serem formatadas
Dum tal mal juízo insinuado!

Acusação insultuosa, enche o punho
Com indignação e diz:
Quem o atesta,
Faz um plangente serviço
Inadaptado à verdade do seu país!...

Palavras que ignoram a realidade,
São uma farsa,
Que apenas beneficiam a legitimidade.  


domingo, 22 de janeiro de 2012

Condenação

Reunida no passado pôr-do-sol
E noite de lua cheia,
O Conselho do Povo, no limiar da pobreza,
Em tertúlia trabalheira,
Democraticamente eleita e de mão no ar,
Determinou sem pena suspensa, ou recurso,
E mandou publicar:


A condenação a 30 anos de trabalhos
Em sacrifícios de apeneia
O Simbólico Aníbal e o Presidente da Republica
Pelo seu subsequente ar escapatório de toupeira.


Ignomínia, omissão e insensibilidade
A quem lhe deu o crédito;
O povo.
Pelo excesso e conivente desrespeito
Pelo soldo que recebe;
Do povo.
Pelo desprezo provocatório e desiludo
Aos sacrifícios acatados;
Do povo.
Pela incompetência e inoperância que tem
Aprovado, os destinos do país;  
Do povo.

E ainda, devido às circunstâncias
Atuais de água e pão…   
Realizar certas instâncias
À reforma
Da sua concubina, a bem da meditação!





sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Apelo

Vou recitar uma arma
de gesso e de lama,
numa corrente de água morna
e embute de sorna,
para então dizer ao mundo
reaccionário e estúpido,
que tudo acaba
quando o sono acorda!

Vou acordar seca a garganta
de palavras:
gotas de pus
que a liberdade inventou
amolecer gritos de corpos nus
num mundo silenciosamente
assanhado e sinistro...
onde só os bichos entendem,
que as pedras são como são...