quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Intelectuais

Onde estão os intelectuais?
Será que ainda existem mentes
Cerebrais?
Mentes antagónicas,
Inconformadas, pensamentos verticais?


A vós nomeados intelectuais
Das crónicas domésticas
Dos jornais,
Redigidas dos sofás, das pantufas
E dos cristais,
Cómodas poltronas,
Sedentários observadores serviçais!


Os povos estão desconvocados,
Desgovernados e desamparados,
Padecem de fome e sede
Pelos caminhos
E sem nome morrem como animais!


Editai vossos laços
Nas ruas, nas praças, nas varandas…
Editai as mãos o pensamento
De Norte a Sul vazias gargantas
Onde todos são a debilidade,
O impedimento do ser ou não ser
A exactidão do direito e da liberdade.


A vós que julgais ser o sabão das mãos limpas,
As ruas esperam pelo expurgo do vosso saber,
E o povo agradece com iluminadas lamparinas,
O que a história nos deixou por entender.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Maquiavélica comunicação!...

Secretas ou comunicação à lupa
De quem é quem…
Quem está doido por saber quem;
O estado ou a confeitaria dos pastéis
De Belém?
Quem é quem,
Na contrafacção dividida do poder;
O arcebispo, o primeiro-ministro,
O trabalhador, o presidente
Ou o papa com desdém?
Quem é quem,
A molaflex dum gemido colchão
Ou a concepção dum estado de ninguém?
Que rumo segura esta independência
E quem é quem o meu país
Na modorra chefia desta lide?
Um negócio de influências?
Uma mentirosa política, ou uma nova PIDE?