sábado, 3 de setembro de 2011

Olá Portugal!

Olá Portugal, como vais?
Ouvi dizer que te estão a roer os pilares
Que andas deprimido
E sem sal,
Que nada aprendeste com Mário Soares
E muito menos com Álvaro Cunhal?!...


Olá Portugal,como vais?
Ouvi dizer que lenhaste a insígnia heróica
E que te apartaram a mordomia
E o gozo
Por causa dos teus amigos da Troica
E o abandono patriótico do aliado Durão Barroso?!...




Olá Portugal, como vais?
Ouvi dizer que persistes
Obstinadamente adiado
Imaculadamente afinco aos três “FFF”;
Futebol, Fátima e Fado
E de colonizador passaste a colonizado?!...




Ó minha Pátria, terra de pão e água levada,
Sangue, sustento erguido de suor,
Que nem sede de esperança
Nem vida por nascer
Deixaste do Natal a minha saudade
A paixão e o amor de mãe por entender.




Ó Portugal converto, porque te exilas
Do silêncio agudo da tua voz?
Liberta-te do silêncio surdo
Que te inquieta
E luta ousado pela palavra certa
Sobre as campas do sangue dos teus avós.

2 comentários:

  1. Árvores do Alentejo

    Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
    A planície é um brasido e, torturadas,
    As árvores sangrentas, revoltadas,
    Gritam a Deus a benção duma fonte!

    E quando, manhã alta, o sol posponte
    A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
    Esfíngicas, recortam desgrenhadas
    Os trágicos perfis no horizonte!

    Árvores! Corações, almas que choram,
    Almas iguais à minha, almas que imploram
    Em vão remédio para tanta mágoa!

    Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
    --- Também ando a gritar, morta de sede,
    Pedindo a Deus a minha gota de água!

    Florbela Espanca

    Abraço

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  2. Caro Amigo, que palavras dizer? Quando estamos perante o que ,nós, queríamos dizer.
    Quem lembra? Quem sabe quem é? CATARINA EUFÉMIA, a mulher que morreu às balas da G.N.R., por querer dar pão a seus filhos... por querer trabalhar... por querer ter salário justo...
    Meu amigo, que suas palavras sejam a nossa arma de arremesso, não podemos deixar matar PORTUGAL e muito menos deixar que nos TOMEM DE ASSALTO.
    Um abraço
    Maria Helena

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