terça-feira, 3 de novembro de 2009


Poema a Saramago



Transepto, como o farolim da barra,
Entre o céu e a terra,
Interioriza e vigia os mareantes…
Dos primeiros e dos segundos
Confessa-se surpreendido!
Porquê, olhos cheios e vazios
Olham assim tão distantes?!...

Por mais que lhes tange perto,
Embora longínquo,
Pensa absolutamente exacto,
O que lhe parece
Extraordinariamente incerto…

Bate-se pelo escrúpulo
Dos Deuses,
Na concomitância
De quem a verdade porfia…
Dizível substancia,
Ateu essência de prova,
Dos bons e dos maus
Que a derroga,
Cunha a beatice emitida…

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