quarta-feira, 8 de julho de 2009

Reticências..


Todos os dias saio numa coisa que, infelizmente se chama carro, carrego comigo uma saca com alguns livros, três géneros; Conto, Poesia e Romance (edições de autor) para vender não importa a quem, nem a onde e na maior parte das vezes, nem modo nem ordenança possuo. Evidentemente, todos têm um trilho de vida... por mim, nem me dou conta, aliás é o que mais detesto, marcar ponto...dado que já percorri 1/3 do país com cerca de 30 mil livros vendidos e como andarilho que sou, procuro sempre novas terras, porque é com elas, e com a gente do meu país, que melhor converso e conheço. Hoje, acordei com a ideia já fermentada, moída, ir até à Figueira da Foz.

Espinho, onde temporariamente resido por razões familiares. É segunda-feira, 9,30, na prosa dos dias, faço-me à estrada pela nacional, é o que mais gosto de fazer, admirar ainda retratos do meu país; os lugarejos, as casas antigas, monumentos, embora tristes, abandonados...as planícies, morros e leiras ainda com alfaias e pessoas, identidade que me aconchega, coisas belas, ainda de se ver e sentir!... Acabei, depois de passar outras tantas, chegar à terra de Mira. À Figueira ainda não foi desta!

Durante a viajem, como habitualmente, ligo a telefonia da coisa, ultimamente tenho sintonizado a TFS antena aberta, para ouvir o relato opinado de perguntas e respostas com os radiouvintes acerca de certos “acidentes” sociais do dia anterior.

Na minha opinião, não passa de um entretenimento efémero, ora veja-mos o caso das eleições para o parlamento Euroconstitucional.

A pergunta era: porque é que só votaram 36% dos eleitores?!...

- Pois, batatas são batatas, passamos a vida sempre a falar do mesmo, falar de coisas mesquinhas, do que é mais fácil, falar daquilo que está feito, falar do alheio, dos erros e dos defeitos, o subjectivo, a vaidade como o fazem!...

Que chatice, porque não falamos primeiro de nós? Como somos, as nossas fraquezas e virtudes, usar a nossa identidade e cultura, ser crítico construtivo, ter ideias e soluções, falar para que cada um possa agarrar a sua dignidade!...

É urgente pôr os políticos a falar com o povo e para o povo, ouvir os seus anseios e dificuldades, entender a sua consciência e não entreter o povo com falsas questões, ou estar na política de costas para o povo...

- Obstinadamente, continuamos póstumos!? (...)

Abaixo os inúteis paleios... se um terramoto tivesse voz!?...

2 comentários:

  1. E num ponto do caminho nos encontrámos, foi uma manha do mês de agosto, numa esplanada de Vila do Conde e mais concretamente Caxinas. Fomos duas a ser enfeitiçadas pela sua ousadia e pela poesia que produziram as suas palavras, porém simples. Estou a começar o COMPROMISSO e é mesmo isso que snto ao entrar nesse mundo: entrar na poética magia das palavras. Elisabete

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  2. Adorei Visitar o Blogue, gostei muito do que li...

    Aprendi a entender a vivencia de grupo...
    aprendi a ser como sou,
    nunca como os outros que são...
    por isso a minha consciençia,
    será sempre um fontanário,
    onde a água nunca secou

    Parabéns!!!

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